terça-feira, 27 de dezembro de 2011

BOTE FÉ em Lagarto-SE



PROGRAMAÇÃO


  • 03-01

18:30h - Caminhada com rosário luminoso com a Cruz da JMJ e o Ícone de Nossa Senhora da Visitação, saindo da Igreja da CIDADE NOVA.
Obs. Favor levar vela
21:00h - Acolhida da Praça da Piedade
21:30h - Santa Missa
22:30h - Ida à Igreja do Rosário, onde haverá uma Vigília eucarística durante toda a noite.


  • 04-01

6hs - Santa Missa
7hs - Envio da Cruz e do Ícone para Estância

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Homilia da Solenidade de Jesus Cristo, Rei do universo

Alecio Souza Vieira


Caríssimos filhos da Igreja de Nosso senhor Jesus Cristo, hoje celebramos a solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo. Cristo é Rei, nós somos os seus súditos. O seu Reino não é deste mundo (Cf. Jo 18, 36) e o seu trono não é de ouro brocado com pedras preciosas, mas de madeira: é a cruz. O seu manto é vermelho, mas não é de tecido nobre, é o seu Preciosíssimo Sangue vertido no madeiro que cobria o seu Santíssimo Corpo.
Guardemos bem esta imagem do Rei crucificado...

1º Ponto: “O Rei-Juiz-Pastor”
O Santo Evangelho desta solenidade nos apresenta Cristo como Rei, soberano, que vem sobre as nuvens com seu exército celeste (Cf. Mt 25, 31). Este Rei vem como juiz, para julgar a terra inteira, todos os povos. Todavia, encontramos outro aspecto deste Rei: além de ser Juiz, é também Pastor, conhece bem o seu rebanho e tem a autoridade e o conhecimento para separar as ovelhas dos cabritos (25, 33). Quando falamos de juiz já nos vem em nossa mente a “condenação”, esquecemos que sua função é zelar pela verdadeira justiça. Cristo é Rei justo, e conhece bem a cada um de seus súditos e sabe muito bem qual a sentença final aplicar. Ele é Rei-pastor, mas se faz Rei-cordeiro, sim meus irmãos, Cristo sendo Juiz e Pastor se faz réu e cordeiro. É no alto da Cruz que contemplamos o Amor deste Rei, a misericórdia deste mesmo Juiz e a humilhação deste mesmo Pastor.
O nosso Rei é apresentado morto, não para humilhá-lo, mas para mostrar-nos que se quisermos entrar no Reino eterno é preciso morrer, não apenas fisicamente, todavia durante esta vida é necessário deixar morrer em nós as nossas paixões, a nossa vontade para que o Amor real de Cristo habite em nós.
Percebemos até aqui que nos deparamos com a “loucura” deste Reino que está repleto de contradições: “Quem quiser viver deve morrer (Cf. Mt 10); quem quiser ser o primeiro que seja o último (Cf. Mc 9); o Rei é pobre; é assassinado, mas vive e por sua morte gera a vida; o Pastor se faz cordeiro e é imolado...” dentre outros aspectos que compõe este Império do Amor, por isso é contraditório pois o Amor neste mundo é contradição.

2º Ponto: “O Reino dos Céus”
O Reino dos céus é o ápice da pregação de Cristo. O Reino está tão implicitamente ligado a Cristo que se pode dizer, como Orígenes, que Ele é autobasileia, é Ele mesmo o próprio Reino. É pessoa: O Reino é Ele, Cristo é Rei!
Neste mundo nos deparamos com o sofrimento, que deve ser compreendido pelo cristão como a cruz a ser carregada por amor a Cristo e como chave da porta do Reino. Esta cruz nos leva ao Reino da vida eterna que está nos céus, é pela cruz que se chega a vida.
E como Já dizia Santo Ambrósio “Vida é, de fato, estar com Cristo; aí onde está Cristo, aí está a Vida, aí está o Reino". É em Cristo que está a Vida, é em Cristo que está o Reino. Ele é Rei, mas seu reinado não é social, muito menos territorial, mas Eterno e ilimitado. Busquemos pois o Reino bendito dos céus!

3º Ponto: “A caridade como portal do Reino”
Todos os reinos que conhecemos tem um território limitado, e um exército que não permite que qualquer um tenha acesso a ele. Imaginemos pois, aqui uma porta de entrada, imensa, mas muito estreita. Este é o portal para a entrada do Reino de Cristo, é a caridade, que por sua vez é imensa e ilimitada, mas que também é muito difícil de se vivê-la.
O Evangelho que acabamos de ouvir nos mostra dois caminhos: o da caridade para com os pequeninos e o do desprezo para com eles. Aqueles que trilham o caminho da caridade no bom trato aos necessitados (famintos, sedentos, nus, presos...) entrarão no Reino dos céus, pois quando se age com caridade a estes, é a Cristo que serve, Ele agora se coloca como pequeno. Outra virtude que destacamos nesta Santa Liturgia, é a humildade. Cristo é Rei, mas é humilde, é Juiz mas é humilde, é Pastor mas humilha-se sendo cordeiro, é Imenso e se faz pequenino.
Diante disto podemos nos questionar: Porque somos tão orgulhosos e vaidosos se buscamos o Reino da humildade? Isso sim que é contradição!
É somente através da caridade e da humildade, ou seja, da santidade, que se chega ao reino. “Eis o reino de Deus e a sua justiça: uma vida santa; isso é o que temos que procurar em primeiro lugar, a única coisa verdadeiramente necessária” (São Josemaria Escrivá)

Voltemos agora, meus irmãos, àquela primeira imagem, a figura do crucificado.... Cristo Senhor, Rei do universo nos dá uma “banho” de humildade e caridade. É na cruz que Ele Reina, sim meus irmãos, é no monte calvário que o Rei se faz Rei. Ele já reinava com o Pai na glória, no entanto é na cruz que o Rei coroado, não com ouro, mas com espinhos, oferece para nós a salvação e conquista o território do nosso coração e nos devolve a dignidade de filhos do Reino.
Então convido neste dia a você jovem, adulto, criança, idoso, a viver a santidade para ser morador do Reino. Busquemos juntos a santidade! Que os pais possam educar seus filhos neste caminho de caridade e santidade, e que os filhos possam ouvir seus pais para assim trilharem juntos esta via da vida.


Peçamos a Virgem Maria, Rainha dos Anjos e Santos, que nos ensine a fazer jus ao Sangue derramado e ao Corpo entregue, buscando sempre mais viver a caridade e a humildade para assim ultrapassarmos este portal usando também a chave que é a cruz cotidiana.
Meu Senhor e meu Rei, ajuda-me a ser um súdito fiel e propagador do seu Reino, não apenas com belas palavras, mas com a vida.
Cristo Rei nosso, Venha a nós o vosso Reino!!! Que o Senhor Reine em nossa vida e em nosso coração. Assim seja!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Festa de Nossa Senhora da Piedade - Lagarto-SE, 2011

Altar do Santuário Mariano diocesano de Nossa Senhora da Piedade


Pe.Lucas Chagas, Vigário Paroquial de Lagarto-SE


Dom Henrique Soares, celebrou a Santa Missa Solene

Pe.Vagner Araújo, cerimoniáro episcopal e Pe.Lucas


Sua Excia. Revma. Dom Marco Eugênio, Bispo de Estância

Clero diocesano de Estância


Casal coordenador da Festa da Piedade 2011, Humberto Vieira e Jeâne Vieira

Santa Missa Solene

Pe.Lucas (Vigário paroquial) e Pe.Raimundo(Pároco)

Dom Marco Eugênio G. L. de Almeida encerrou a Festa

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

“Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga”

Alecio Souza Vieira
Mt 16, 21-27
Juntamente com o coro dos santos anjos e arcanjos louvamos e adoramos o Senhor sob o véu do Sacramento. A Ti, Oh Amado Senhor o nosso louvor e adoração. E olhando para Ti nesta noite pedimos a graça de saber carregar a nossa cruz em nosso dia-a-dia.
·                     1º Ponto
“Pedra de tropeço”
Neste Evangelho que acabamos de ouvir nos é apresentado um momento muito difícil da vida de Jesus: Ele sabe que irá sofrer, morrer e ressuscitar, e agora anuncia aos seus discípulos. O apóstolo Pedro não compreendeu e repreendeu: “Deus não permita tal coisa, Senhor!Que isso nunca te aconteça!”.  Pedro, que em alguns versículos atrás é elogiado por Jesus ao professar a sua fé,iluminado por Deus, o reconhecendo como Cristo, agora já fala por si, ao não aceitar o sofrimento de Jesus, que o repreende fortemente, chamando-o não mais de rocha, mas de “pedra de tropeço” (Skándalon).
Aquele que é chamado a ser rocha, por graça de Deus, por si só é uma pedra no caminho”(Cardeal Ratzinger- compreender a Igreja hoje).
Não vamos aqui falar da infalibilidade papal, do primado de Pedro ou do poder das chaves, falaremos da atitude de Pedro diante do anúncio da Paixão do Senhor.
Vemos aqui um grande paradoxo na vida de Pedro: o pensar e o agir iluminado por Deus e o pensar e o agir por si próprio, por sua humanidade.
Caríssimos, o pensar segundo a carne, a busca pela felicidade terrena, a ambição pelos bens que passam e o sucesso jamais poderão andar em união com o caminho proposto por Jesus. Quem quer ser fiel ao evangelho e ao projeto do Reino Eterno tem que nadar contra a maré, contra o que este mundo oferece e contra a nossa própria vontade.
Serve para nós o que Nosso Senhor nos apresenta: “Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida? O que poderá alguém dar em troca de sua vida?” Precisamos perder a nossa vida sim, deixar morrer a nossa vontade, para que já não sejamos chamados de Skándalon, mas de rocha. Não no mesmo sentido que Pedro, é claro, mas rochas firmes, inabaláveis para que o Senhor construa sobre nós o que é de seu agrado.

"O que verdadeiramente torna desgraçado uma pessoa - e inclusivamente uma sociedade inteira - é essa procura, ansiosa e egoísta, de bem-estar: esse intento de eliminar tudo o que contraria" (São Josemaria Escrivá)
É bem mais fácil largar a cruz, e buscar uma felicidade prazerosa, mas momentânea. É muito mais cômodo fugir dos problemas, eliminar o que nos contraria e se iludir num mundo hedonista de pessoas que se julgam extremamente felizes. Fazer o contrário disso é para este mesmo mundo, uma patologia, todavia prefiro chamar isso aqui de santidade. E esta santidade é conquistada no cotidiano, nas pequenas coisas: Desde a menor à maior de nossas obrigações. Aí está o segredo da verdadeira felicidade, que ao contrário do que este mundo prega, consiste em fazer a vontade de Deus, nas pequenas coisas, consiste em ser homem o suficiente para assumir as minhas obrigações e carregar o fardo pesado da cruz, e versa ainda em saber renunciar a si próprio em vista de um querer mais sábio e benéfico que é o de Cristo. Ao deixar Deus realizar em nós a sua obra, não é eliminada a nossa natureza humana (Pedro não deixou de ser homem ao professar a sua fé no Cristo), mas esta natureza é aprimorada e nos faz ser mais homens ao nos remeter ao princípio para nos deparar com o que de verdade nós somos: imagem e semelhança do Criador.

·                     2º Ponto
Amados irmãos, Cristo nos lança um grande desafio, ou melhor, uma condição para sermos verdadeiros seguidores seus:
“Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga”
Ele não coloca outro caminho opcional que seja mais light. Cristo apresenta como única condição para seu seguimento o que é o mesmo destino seu, a renúncia e a cruz. Vemos aí uma total identificação do discípulo com o Mestre.
A renúncia implica, como já vimos, em um despojar-se do ser homem do mundo para se tornar um homem de Deus, alguém que ouve o Senhor e segue sua palavra, obedece a sua Vontade. Precisamos pensar como Deus e não como os homens.
“Durante a perseguição nazista, muitos trens carregados de judeus partiam de todas as partes da Europa para os campos de extermínio. Eram convencidos de embarcar por falsas promessas de serem levados para lugares melhores para o seu bem, enquanto que, ao contrário, eram levados para a destruição. Às vezes, acontecia que em alguma parada do comboio, alguém que sabia a verdade gritava às escondidas para os passageiros: Desçam, fujam.E alguns conseguiam.
O exemplo é um pouco forte, mas expressa algo sobre nossa situação. O trem da vida no qual viajamos vai para a morte. Sobre isso, ao menos, não há dúvida. Nosso eu natural, sendo mortal, está destinado a terminar. O que o Evangelho nos propõe quando nos exorta a renunciar a nós mesmos é a descer deste trem e subir no outro trem que conduz à vida”. A renúncia cotidiana nada mais é que abrir os olhos para que, contemplando o Senhor e cumprindo a sua vontade, possamos entender os seus sinais para mudarmos para o trem que nos leva à vida.
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Como é difícil, irmãos, aceitar a cruz e o sofrimento! Como é difícil renunciarmos a nossa vontade, os nossos pensamentos para cumprirmos a vontade divina e pensarmos conforme o Senhor! Como somos muitas vezes cegos ao não ver os sinais do Senhor que nos convida a mudar de trem! Mas, aí está o grande desafio. Pedro também não entendeu no início, mas aos poucos, e de modo mais completo no cenáculo em Pentecostes, pois é somente, pela graça iluminadora de Deus, que se compreende a ação salvífica deste mesmo Deus por meio da cruz.
A cruz não representa o fim da vida, pois o sacrifício redentor do calvário só tem sentido para nós se olharmos para a ressurreição e vermos que o nosso Deus vence a morte e é o Senhor da vida. A cruz cotidiana nos traz sofrimento sim, todavia desta forma nos purificamos para chegarmos à pátria celeste, é preciso apenas ter paciência e olhar sempre para o Homem do calvário que soube acolher para si, de modo paciente, a vontade do Pai.
Como futuros sacerdotes precisamos ter isso bem claro:
“A única coisa que as pessoas buscam no sacerdote é Cristo” (Bento XVI)
O nosso modelo de sacerdote é Cristo crucificado, Sumo e Eterno Sacerdote. É só abraçando a cruz que encontraremos a ressurreição. Deixemos, irmãos, nos crucificar neste Amor! Entreguemos a nossa vida por completo, com Cristo, no altar da cruz! E que o nosso coração seja transpassado pela lança do entendimento de que somos homens de Deus, homens do calvário, homens disponíveis para o anúncio do Reino bendito. Só assim pensaremos como Deus e não como o mundo.
Peçamos a Maria, a mãe das dores, a Virgem da Piedade, que esteja conosco no caminho de cruz. Que o seu exemplo em estar de pé, numa posição de segrança, diante da sua grande dor no calvário, possa ser para nós um incentivo a não desistir diante do sofrimento e das dificuldades cotidianas.
Que o Bom DEUS venha em nosso auxílio e acolha em seu Divino Coração o nosso desejo de sermos somente Dele, e que nos abençoe em nosso bom propósito de renúncia e de aceitação da cruz, para que juntos possamos um dia contemplá-lo face a face no céu. Assim seja!

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Pregação na Hora eucarística proferida aos seminaristas do Seminário Maria Mater Ecclesiae do Brasil, 25-08-2011

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Novenário e Festa de Nossa Senhora da Piedade


























No  próximo dia 30 de agosto dará inicio o novenário em preparação para tradicional Festa de Nossa Senhora da Piedade, padroeira da cidade de Lagarto, essa sem dúvidas é a maior manifestação religiosa do povo de Lagarto. Coordenada pelo Pároco Pe. Raimundo Diniz e pelo Vigário Paroquial Lucas Chagas a preparação da festa  começa no dia 08 de setembro, pois é durante a missa solene que a nova equipe de festa assume os trabalhos para as festividades do ano seguinte.  Liderada pelo casal coordenador, a equipe de festa é subdivida em mais 7 equipes, são elas:  Liturgia, Natureza e Vida Física, Harmonia e Ambiente, Missionária, Comunhão de Bens, Sabedoria e Estudos e Comunicação, esses  componentes reuniam-se todo dia 8 de cada mês para discutirem temas, pregadores e ações que serão implantadas antes, durante e depois das festividades.
Nesse ano a tema Central será: “Maria, Mater Verbi Dei”( Maria, Mãe do Verbo de Deus), extraído da Exortação Apostólica Pós-Sinodal Verbum Domini do Santo Padre Bento XVI.
Para  Pe. Raimundo, o objetivo da realização do novenário em uma comunidade é evidenciar as palavras de Deus através das orientações do Papa e da Igreja, e em Lagarto, por se tratar de uma paróquia mariana também é evidenciar a presença e o sim de Maria para a Igreja.


Por Alexandre Fontes

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Diante das notícias sobre manifestações contra a visita do Papa à Espanha, fiquei pensando...

Dom Henrique Soares da Costa

Perguntas espanholas
Por que a imprensa dá tanta ênfase a uma manifestação de 2.000 a 5.000 pessoas? Por que esse gosto de alargar, aumentar, amplificar e sublinhar tudo quanto seja contra Cristo e de modo particular contra a Igreja? Por que não se mostra de modo honesto a agenda positiva e real: milhares de jovens do mundo inteiro, na casa dos vinte a vinte e cinco anos ali, felizes, com o Papa?
Será que os tolos que fizeram essa manifestação não compreendem que não são somente eles que pagam impostos, mas os católicos também os pagam? A grande maioria dos espanhóis não reclamou e está contente com a visita do Santo Padre! Além do mais, não fosse a cegueira e a má vontade anticlericais desses grupelhos radicais, eles veriam que a visita do Papa e a Jornada da Juventude traz compensações financeiras para a Espanha em crise...
Mas, ainda que não trouxesse compensação alguma, será que a vida e os acontecimentos devem mesmo ser medidos somente pelo útil, pelo lucrativo, pelo resultado imediato? E o bem que um encontro desses traz a milhares de jovens que procuram um sentido, um rumo para a existência, num mundo cansado de si e temeroso quanto ao futuro? Mas, esses obtusos, esses tolos de má vontade não enxergam nada disso. São movidos somente pelo ódio e o preconceito.
Mais uma pergunta? Por que é que alguns gays sentem prazer em se beijarem quando veem o Papa? Interessante forma de tara! Quando vão compreender que podem se beijar até cair a língua, que isso não afetará ao Papa em nada? Tanto é direito deles beijarem-se à vontade como é direito e dever da Igreja dizer o que é contrário ou de acordo com o doutrina cristã e a lei natural. Quantas vezes é necessário dizer que a Igreja não é contra ninguém? O resto é circo! Como seria bom que esses homossexuais – que não representam a maioria dos homossexuais - tratassem com seriedade de argumentos as suas questões! Beijaços à passagem do Papa não resolvem. No máximo, se chegasse a ver tais cenas, o Papa talvez dissesse: “Não, obrigado!”

 
Bento XVI e a multidão de jovens:
nem viu o beijaço!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Inauguração da JMJ: "Madrid os acolhe de braços abertos".

Por Pe.Deomar de Guedes

Venha a nós o vosso reino!
Pe.Deomar de Guedes, LC - Reitor do Seminário Maria Mater Ecclesiae do Brasil, na JMJ 2011



Hoje tive a graça de participar da missa inaugural presidida pelo Cardeal Antonio Maria Rouco, arcebispo de Madrid. Missa maravilhosa na qual me emocionei várias vezes ao ver os espírito de oração que pairava no ar. Sacerdotes de todos os países, mais de novecentos Bispos e milhões de jovens enchendo as ruas de Madrid, uma invasão pacífica de fé à capital da Espanha.

Na homilia o cardeal recordava que o que caracteriza a Espanha como país é a sua raiz católica que criou a base da sociedade espanhola e que foi levada até a América. Esta fé é que dá ao espanhol seu caráter amigável, alegre e acolhedor, dizia o cardeal.
Santa Missa de abertura da JMJ 2011
 
Impressionante silêncio que reinou durante toda a missa e especialmente na consagração, os jovens rezavam de verdade com fervor e devoção.


Um grande testemunho de fé neste país que sofreu tanto pela fé. Me emocionei ao pensar nos mártires da Guerra Civil que agora, do céu, viam os frutos de seu sangue derramado por Cristo.
Também muito emocionante a recepção dos Bispos de todo o mundo onde estamos hospedados, só os brasileiros são 52.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Querer mucho a los sacerdotes



Vídeo que mostra São Josemaria Escrivá encontrando-se com sacerdotes e lhes dirigindo suas sábias palavras.

domingo, 7 de agosto de 2011

Mãos sacerdotais

 
Mãos do sacerdote, mãos predestinadas,
Mãos de Jesus Cristo, mãos divinizadas,
Feitas lá no céu de essências imortais.
Mãos do sacerdote, feitas sob modelo
Que Jesus traçara cheio de desvelo,
Desde todo sempre, mãos sacerdotais.
*
Mãos do sacerdote para a cruz voltadas,
Mãos de lírios roxos sobre a cruz pregadas,
Sempre, sempre abertas, sem fechá-las mais,
Mãos de sofrimentos, mãos de mil suplícios,
Têm as veias rubras feitas de cilícios,
Mãos de mil calvários, mãos sacerdotais.
*
Mãos do sacerdote, mãos de toda hora,
Quando a noite é negra, quando brilha a aurora,
Quando reina a calma, quando há temporais,
Mãos de sacerdote, mãos de toda gente,
Mãos do fervoroso, mãos do indiferente,
Mãos dos sofredores, mãos sacerdotais.
*
Mãos do sacerdote, mãos feitas de lodos,
Frágeis, passageiras, como as mãos de todos,
Filhas do pecado como as dos demais,
Mãos feitas de lodo, frágeis, pecadoras…
Mãos purificadas, santas, redentoras…
Beatificantes, mãos sacerdotais.
*
Quantas mãos existem. Que diversidade!
Mãos para a virtude, mãos para a maldade,
Mãos cheias de lodo, mãos cheias de luz.
Mãos que ferem, mãos que fecham as feridas,
Mãos que dão a morte, mãos que dão a vida,
Mãos que dão o diabo, mãos que dão Jesus.
*
Quantas mãos existem. Que diversidade!
Mas somente vós não sois como as demais.
Pois somente vós levais à eternidade;
E há recantos n’alma em que só vós tocais.
E há espinhos fundos que ninguém alcança,
E há doridos prantos que ninguém estanca
A não serdes vós, ó mãos sacerdotais!
*
Mãos do sacerdote, luz, calor, guarida,
Para cada morte trazem uma vida,
Para cada vida acendem mil fanais.
Mãos do sacerdote, báculo que arrima,
Bálsamo que alenta, asa que sublima,
Cofre dos consolos, mãos sacerdotais

terça-feira, 2 de agosto de 2011

As vocações na Igreja

A sociedade é uma composição de pessoas onde cada uma sente-se inclinada a fazer algo em particular. Desempenhar bem um trabalho, exercer uma profissão. Um artista plástico que já nasce com tal “dom”, provavelmente nunca será superado por outro que faz muitos cursos. A não ser que tente insistentemente, que tenha bons mestres e uma boa disciplina não se conseguirá fazer uma obra de arte tão bela quanto um artesão do interior que nem ler ao menos sabe. Isso por conta de uma habilidade nata, uma vocação que ele tem.
Vocação tem um sentido muito amplo. Sabemos que não se restringe ao campo religioso somente, seria reduzir tudo a religião. No entanto, aqui vamos tratar mais especificamente nesta área, vocações específicas dentro da Santa Igreja Católica Romana.
A palavra vocação quer dizer chamado (Vocatio-onis=em latim:chamar). O vocacionado é aquele que se sente chamado por Deus para desempenhar na Igreja um trabalho de santificação e serviço.
Chamamos de vocação específica a Sacerdotal, a religiosa, a matrimonial e a laical. Vejamos cada uma delas:
Vocação sacerdotal
Esta é uma vocação muito importante na vida da Igreja, o sacerdote é aquele que oferece o sacrifício verdadeiro de Cristo, por Cristo e na pessoa de Cristo. Este é chamado a ser alguém que é consagrado, separado para o serviço do Reino de DEUS, como nos diz o Santo Padre Bento XVI em sua carta aos seminaristas: Quem quer tornar-se sacerdote, deve ser sobretudo um «homem de Deus». Quem abraça esta vocação abraça também a vida celibatária entregando-se por completo a Igreja.
Vocação religiosa
O religioso é consagrado a DEUS para viver ainda na terra aquilo que viveremos no céu. A vida religiosa também exige o celibato através do voto de castidade, procurando renunciar a tudo que é carnal para viver um amor puro, um amor fora das coisas terrenas. Nesta vocação também se faz o voto de pobreza, como prova do desapego a tudo que é temporal e o voto de obediência no qual se coloca a ouvir e seguir a Vontade de DEUS através dos superiores.


Vocação matrimonial
Toda vocação vem do amor, quem ama vive bem a sua vocação. Todavia, é no matrimônio que isto se torna mais explícito. O casamento é a realização mútua de um homem e uma mulher. Ambos se completam no amor, que implica a renúncia de si e de suas vontades para o bem estar do outro. Esta é a mãe de todas as vocações, pois é da família que saem os padres, as freiras e os leigos.
Vocação Laical
Os leigos que aqui citamos são aqueles que mesmo vivendo na comunidade paroquial abraçam o celibato para se dedicarem somente ao Reino de DEUS. Esta consagração especial, assim como na vida religiosa, constitui por si mesma um estado completo de profissão dos Conselhos evangélicos. Há institutos formados somente por leigos, ou que também contam com a presença desta tão bela vocação.

DEUS nos chama por primeiro a santidade, esta é uma grande verdade. Ele nos mostra um caminho específico. Cabe a nós, à luz do ESPÍRITO SANTO, discernir qual é a vocação que Ele nos chama, para que vivendo-a bem alcancemos a vida de graça, a vida de santidade.
Peçamos a Virgem Santíssima, a mãe das vocações, que nos ajude a ser fiéis e obedientes ao chamado que DEUS nos fez. Assim seja!


Pauper servus

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Cruz de Cristo, escândalo para os judeus. Local onde rasgam as vestes: L’Osservatore Romano.

Assis: polêmica entre judeus e cristãos sobre símbolos religiosos.

No “L’Osservatore Romano” se inflama o debate entre o Cardeal Koch e Ricardo di Segni. O rabino rechaça a comparação entre a Cruz e o Yom Kippur.


Bento XVI e o rabino Di Segni. Em janeiro de 2010, este mesmo rabino declarou: “Se a paz com os lefebvristas significa renunciar às aberturas do Concílio, a Igreja tem que decidir: ou eles ou nós!”
Bento XVI e o rabino Di Segni. Em janeiro de 2010, este mesmo rabino declarou: “Se a paz com os lefebvristas significa renunciar às aberturas do Concílio, a Igreja tem que decidir: ou eles ou nós!”


« Se os termos do diálogo são os de indicar aos judeus o caminho da Cruz, não se entende por que o diálogo nem o porque de Assis », escreveu em “L’Osservatore Romano” o rabino mais importante de Roma, Riccardo Di Segni, advertindo que os que apoiam o diálogo entre católicos e judeus devem evitar recorrer a símbolos não compartilhados.
A comparação que fez o Cardeal Kurt Koch, diretor do dicastério vaticano para o diálogo ecumênico, entre a cruz cristã e a festividade judia da expiação, o Yom Kippur, não agradou ao rabino de Roma, Riccardo Di Segni.
O debate surgiu com o artigo de 7 de julho publicado pelo Cardeal Koch no periódico da Santa Sé sobre o significado da Jornada Inter-religiosa da Oração pela Paz em Assis, do próximo 27 de outubro, no qual o purpurado suíço escreveu que a cruz de Jesus « se levanta sobre nós como o permanente e universal Yom Kippur », e « por isso a cruz de Jesus não é um obstáculo para o diálogo inter-religioso; antes, indica o caminho decisivo que sobretudo judeus e cristãos […] deveriam tomar, em uma profunda reconciliação interior, tornando-se fermento para a paz e a justiça no mundo ».
Segundo Di Segni, estas palavras « inspiradas pela fraternidade e boa vontade, se não forem melhor explicadas, podem evidenciar os limites de uma certa forma de dialogar da parte dos cristãos ». Di Segni se queixa em particular da proposta que Koch « faz ao interlocutor judeu para que se deixe guiar por símbolos que este não compartilha. Sobretudo quando estes símbolos são apresentados como substituições, com o valor agregado dos ritos e dos símbolos do crente com que se dialoga».
« O crente cristão – explica o rabino de Roma – pode, sem dúvida, pensar que a Cruz substitui de maneira permanente e universal o dia de Kippur, mas se deseja dialogar sincera e respeitosamente com o judeu, para quem o Kippur mantém seu valor permanente e universal, não tem que lhe propor suas crenças e suas interpretações cristãs como sinais do ‘caminho decisivo’».
« Pois então há o risco – prossegue – de se entrar na teología da substituição e a Cruz se converte em obstáculo. O diálogo judaico-cristão corre inevitavelmente este risco, porque a idéia do cumprimento das promessas judaicas é a base da fé cristã; assim, o afirmar-se desta fé implica sempre uma idéia implícita de integração, se não de superação da fé judaica ».
De Segni continua: « a língua do diálogo deve ser comum e o projeto deve ser compartilhado. Se os termos do diálogo são baseados em cristãos indicando aos judeus o caminho da Cruz, não se entende o porque do diálogo nem o porque de Assis ».
Em sua réplica, o Cardeal Koch explica que « não se trata de substituir o Yom Kippur hebraico pela cruz de Cristo, embora os cristãos vejam na cruz de Cristo o permanente e universal Yom Kippur ». A questão, de toda forma, « não é um obstáculo para o fato de que cristãos e hebreus, dentro do recíproco respeito pelas respectivas convicções religiosas, se empenhem na promoção da paz e da reconciliação, caminhando juntos para Assis ».
(Destaques do original)

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Festa de Sto. Inácio e Fundação da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, Lagarto-SE


A comunidade católica da igreja Nossa de Fátima, do Bairro Loiola, juntamente com o Pe.Vicente Vidal (Pároco) e o Pe.Fernandes de Santana (Vigário paroquial), têm a honra de convidar você e sua família para festividade de seu co-padroeiro Santo Inácio de Loiola e da Criação da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, que acontecerá de 28 a 31 de julho de 2011, conforme segue a programação:

28 a 30/07/2011 - Tríduo de Santo Inácio de Loiola às 19h30min na Igreja Nossa Senhora de Fátima.

Dia 28/07/11 - Mistério da Igreja - Pe. Lucas
Dia 29/07/11 - O povo de Deus - Pe. Raimundo Dinis
Dia 30/07/11 - Hierarquia da Igreja - Pe. Fernandes


31/07/2011 - Festa de Santo Inácio de Loiola e Criação da Paróquia Nossa Senhora de Fátima.

15hs - Saída da procissão da Praça do Gomes com todas as Comunidades, Autoridades e Paróquias.
16hs - Missa de encerramento presidida pelo Bispo Dom Marco Eugênio.

***

A criação da Paróquia será transmitida pela Web Rádio Imprensa católica e retransmitido pela Web Rádio São Francisco de Itapipoca - Ceará.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Bento XVI anuncia novas nomeações para o Brasil

O papa Bento XVI nomeou, nesta quarta-feira, 27, dom Manoel dos Reis de Farias novo bispo da diocese de Petrolina (PE), transferindo-o da diocese de Patos, na Paraíba. Ele sucede a dom Paulo Cardoso da Silva, 76, que teve seu pedido de renúncia aceito pelo papa, por limite de idade, conforme o Cânon 401 § 1º do Código de Direito Canônico.
Bento XVI nomeou também o monsenhor Gilson Andrade da Silva, 44, bispo auxiliar da arquidiocese de São Salvador, na Bahia.  Ele é reitor do Seminário Nossa Senhora do Amor Divino, da diocese de Petrópolis (RJ).

Dom Manoel

O novo bispo de Petrolina, dom Manoel dos Reis de Farias, nasceu no dia 23 de abril de 1946, em Orobó (PE). Foi ordenado padre em 6 de janeiro de 1983. Em agosto de 2001, foi nomeado bispo da diocese de Patos e recebeu a ordenação episcopal no dia 10 de novembro do mesmo ano. Tem especialização em Direito Canônico e seu lema episcopal é “Servir na unidade”.


Mons. Gilson

Nascido no Rio de Janeiro, no dia 11 de setembro de 1966, mons. Gilson foi ordenado padre em 4 de agosto de 1991. Cursou filosofia  no Seminário Diocesano Nossa Senhora do Amor Divino, em Petrópolis, e teologia na Universidade de Navarra, na Espanha, tendo sido aluno do Colégio Eclesiástico Internacional Bidasoa (Pamplona, Espanha).
Com mestrado em teologia pela Pontifícia Universidade della Santa Croce, em Roma, mons. Gilson foi vice-reitor do Seminário Nossa Senhora do Divino Amor, de Petrópolis; vigário paroquial da paróquia Sant’Ana e São Joaquim, em Petrópolis; professor no Seminário e na Universidade Católica de Petrópolis; diretor do Instituto de Teologia, Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Católica de Petrópolis.
Atualmente, mons. Gilson é reitor do Seminário, membro do Conselho Pastoral Diocesano, do Colégio de Consultores e da Equipe de Coordenaçaõ Diocesana do Planto Pastoral de Conjunto e da Missão Popular, coordenador diocesano da Pastoral da Juventude e presidente da Associação Mantenedora das Faculdades Católicas Petropolitanas (UCP).
Segundo a assessoria de comunicação da arquidiocese de Salvador, mons. Gilson será ordenado bispo no dia 24 de setembro, às 10h, na catedral de Petrópolis. Sua chegada a Salvador será no dia 8 de outubro.

sábado, 23 de julho de 2011

Pe.Paulo Ricardo : "Missas Inculturadas"

«Missa é como um poema, não suporta enfeite nenhum», diz Adélia Prado

Escritora brasileira defende resgate da beleza na celebração da Liturgia


Ao defender o esmero com as celebrações litúrgicas e a beleza como uma «necessidade vital» que deve permeá-las, a escritora brasileira Adélia Prado afirma que «a missa é como um poema, não suporta enfeite nenhum».
«A missa é a coisa mais absurdamente poética que existe. É o absolutamente novo sempre. É Cristo se encarnando, tendo a sua Paixão, morrendo e ressuscitando. Nós não temos de botar mais nada em cima disso, é só isso», enfatiza.
Poeta e prosadora, uma das mais renomadas escritoras brasileiras da atualidade, Adélia Prado, 71 anos, falou sobre o tema da linguagem poética e linguagem religiosa essa quinta-feira, em Aparecida (São Paulo), no contexto do evento «Vozes da Igreja», um festival musical e cultural.
Ao propor a discussão do resgate da beleza nas celebrações litúrgicas, Adélia Prado reconheceu que essa é uma preocupação que a tem ocupado «há muitos anos». «Como cristã de confissão católica, eu acredito que tenho o dever de não ignorar a questão», disse.
«Olha, gente – comentou com um tom de humor e lamento –, têm algumas celebrações que a gente sai da igreja com vontade de procurar um lugar para rezar.»
Como um primeiro ponto a ser debatido, Adélia colocou a questão do canto usado na liturgia. Especialmente o canto «que tem um novo significado quanto à participação popular», ele «muitas vezes não ajuda a rezar».
«O canto não é ungido, ele é feito, fazido, fabricado. É indispensável redescobrir o canto oração», disse, citando o padre católico Max Thurian, que, observador no Concílio Vaticano II ainda como calvinista, posteriormente converteu-se ao catolicismo e ordenou-se sacerdote.
Adélia Prado reforçou as observações, enfatizando que «o canto barulhento, com instrumentos ruidosos, os microfones altíssimos, não facilita a oração, mas impede o espaço de silêncio, de serenidade contemplativa».
Segundo a poeta, «a palavra foi inventada para ser calada. É só depois que se cala que a gente ouve. A beleza de uma celebração e de qualquer coisa, a beleza da arte, é puro silêncio e pura audição».
«Nós não encontramos mais em nossas igrejas o espaço do silêncio. Eu estou falando da minha experiência, queira Deus que não seja essa a experiência aqui», comentou.
«Parece que há um horror ao vazio. Não se pode parar um minuto». «Não há silêncio. Não havendo silêncio, não há audição. Eu não ouço a palavra, porque eu não ouço o mistério, e eu estou celebrando o mistério», disse.
De acordo com a escritora mineira (natural de Divinópolis), «muitos procedimentos nossos são uma tentativa de domesticar aquilo que é inefável, que não pode ser domesticado, que é o absolutamente outro».
«Porque a coisa é tão indizível, a magnitude é tal, que eu não tenho palavras. E não ter palavras significa o quê? Que existe algo inefável e que eu devo tratar com toda reverência.»
Adélia Prado fez então críticas a interpretações equivocadas que se fizeram do Concílio Vaticano II na questão da reforma litúrgica.
«Não é o fato de ter passado do latim para a língua vernácula, no nosso caso o português, não é isso. Mas é que nessa passagem houve um barateamento. Nós barateamos a linguagem e o culto ficou empobrecido daquilo que é a sua própria natureza, que é a beleza.»
«A liturgia celebra o quê?» – questionou –. «O mistério. E que mistério é esse? É o mistério de uma criatura que reverencia e se prostra diante do Criador. É o humano diante do divino. Não há como colocar esse procedimento num nível de coisas banais ou comuns.»
Segundo Adélia, o erro está na suposição de que, para aproximar o povo de Deus, deve-se falar a linguagem do povo.
«Mas o que é a linguagem do povo? É aí que mora o equívoco», – disse –. «Não há ninguém que se acerca com maior reverência do mistério de Deus do que o próprio povo».
«O próprio povo é aquele que mais tem reverência pelo sagrado e pelo mistério», enfatizou.
«Como é que eu posso oferecer a esse povo uma música sem unção, orações fabricadas, que a gente vê tão multiplicadas e colocadas nos bancos das igrejas, e que nada têm a ver com essa magnitude que é o homem, humano, pecador, aproximar-se do mistério.»
Segundo a escritora brasileira, barateou-se o espaço do sagrado e da liturgia «com letras feias, com músicas feias, comportamentos vulgares na igreja».
«E está tão banalizado isso tudo nas nossas igrejas que até o modo de falar de Deus a gente mudou. Fala-se o “Chefão”, “Aquele lá de cima”, o “Paizão”, o “Companheirão”.»
«Deus não é um “Companheirão”, ele não é um “Paizão”, ele não é um “Chefão”. Eu estou falando de outra coisa. Então há a necessidade de uma linguagem diferente, para que o povo de Deus possa realmente experimentar ou buscar aquilo que a Palavra está anunciando», afirmou.
Para Adélia Prado, «linguagem religiosa é linguagem da criatura reconhecendo que é criatura, que Deus não é manipulável, e que eu dependo dele para mover a minha mão».
Com esse espírito, enfatizou, «nossa Igreja pode criar naturalmente ritos e comportamentos, cantos absolutamente maravilhosos, porque verdadeiros».
Ao destacar que a missa é como um poema e que não suporta enfeites, Adélia Prado afirmou que a celebração da Eucaristia «é perfeita» na sua simplicidade.
«Nós colocamos enfeites, cartazes para todo lado, procissão disso, procissão daquilo, procissão do ofertório, procissão da Bíblia, palmas para Jesus. São coisas que vão quebrando o ritmo. E a missa tem um ritmo, é a liturgia da Palavra, as ofertas, a consagração… então ela é inteirinha.»
«A arte a gente não entende. Fé a gente não entende. É algo dirigido à terceira margem da alma, ao sentimento, à sensibilidade. Não precisa inventar nada, nada, nada», disse Adélia.
E encerrou declamando um poema seu, cujo um fragmento diz:
Ninguém o cordeiro degolado na mesa,
o
sangue sobre as toalhas,
seu
lancinante grito,
ninguém
”.

Texto publicado em dezembro de 2007
Fonte: http://www.zenit.org/article-16922?l=portuguese

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Padres preferirão ir para a cadeia a violar o segredo de confissão.

O segredo de confissão significa que eles não podem revelar irregularidades.

Por CATHY HAYES, Escritora da Equipe Central Irlandesa – Tradução: Fratres in Unum.com – Um membro fundador da Associação de Padres Católicos disse que ele preferiria cumprir pena na prisão a violar o segredo de confissão.
Na esteira do relatório Cloyne, o governo irlandês afirmou que os padres que deixarem de informar às autoridades competentes abusos infantis que lhes forem revelados durante a confissão poderão encarar até cinco anos de prisão.
Escrevendo em sua coluna no Western People, o Padre Brendan Hoban disse que o segredo de confissão ultrapassa “qualquer forma de confidencialidade ou sigilo profissional”.
“Os padres não apenas consideram como um dever absoluto não revelar qualquer coisa que souberem dos penitentes no confessionário, mas sabem também que se revelarem qualquer coisa que souberem durante a confissão para qualquer pessoa, mesmo sob ameaça de sua própria morte ou de terceiros, eles são automaticamente excomungados.”
O Direito Canônico afirma: “Seja deposto o padre que ousar tornar público os pecados de seu penitente.”
Sob o segredo de confissão os padres não podem revelar nada do que ouvirem de seus penitentes. O padre Hoban disse que o máximo que os padres podem fazer é encorajar a pessoa a se entregar às autoridades.
“Não podemos direta ou indiretamente revelar o assunto a quaisquer pessoas, autoridades civis ou seja lá quem for”, disse.
Ele menciona o filme de Alfred Hitchcock “Eu confesso” em que um assassino confessa um assassinato a um padre. Mais tarde o próprio sacerdote é acusado de assassinato, mas não pode dizer a verdade, uma vez que isso violaria o segredo de confissão.
“Isso é uma medida da vulnerabilidade da Igreja Católica, pois parte do pacote de medidas que estão sendo contempladas pelas autoridades civis efetivamente equivalem a uma rejeição da proteção legal ao que sempre foi considerado como um sagrado sigilo de Confissão”, conclui.